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Mostrando postagens de junho, 2012

Os Cânones de Dort - Capítulo 2 - Artigo 8

Artigo 8 – A eficácia da morte de Cristo: Pois este foi o soberano conselho de Deus o Pai, que a eficácia salvadora e vivificante da preciosíssima morte de seu Filho se estendesse a todos os eleitos. Foi da sua graciosíssima vontade e intento, conceder a fé justificadora apenas a eles e assim trazer-lhes infalivelmente a salvação. Isto é: Quis deus que Cristo, pelo sangue da cruz (pelo qual Ele confirmou a nova aliança), redimisse eficazmente de todo povo, tribo, nação e língua, todos aqueles – e somente aqueles – que desde a eternidade foram eleitos para a salvação e lhe foram dados pelo Pai. Ainda quis Deus que Cristo lhes desse a fé, a qual, juntamente com outros dons salvadores do Espírito Santo, Ele lhes adquiriu pela Sua morte, para que pelo Seu sangue pudesse purificá-los de todos os seus pecados – tanto do pecado original quanto dos pecados reais cometidos antes e depois da fé – e para os guardar fielmente até o fim e finalmente os apresentar a si mesmo em glória sem nenhuma

Os Cânones de Dort - Capítulo 2 - Artigo 7

Artigo 7 – Por que outros creem?: Mas aqueles que verdadeiramente creem e pela morte de Cristo são libertos e salvos dos seus pecados e perdição, recebem esse benefício apenas por causa da graça de Deus que lhes é dada em Cristo, desde a eternidade. Deus não deve a ninguém tal graça . ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Comentário: Deus nunca deixou os homens completamente sem Seu testemunho. Como já havíamos visto, por todo a criação há uma proclamação silenciosa das obras de Deus, revelando Sua majestade e Sua glória, conclamando o homem à contemplação do Criador - “ Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração à outro dia, e uma noite mostra sabedoria à outra noite. Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz. A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim do mundo” - Salmo 19.1-4 . Aind

Os Cânones de Dort - Capítulo 2 - Artigo 6

Artigo 6 – Por que alguns não creem?: Muitos que têm sido chamados pelo Evangelho não se arrependem nem creem em Cristo, mas perecem na incredulidade. Isto não acontece por causa de algum defeito ou insuficiência no sacrifício de Cristo na cruz, mas por causa de sua própria culpa . ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Comentário: A proclamação da glória de Deus está por toda a parte do mundo, tornando os homens indesculpáveis. Eles nascem com o senso do certo e do errado, do bem e do mal, gravado em suas almas. Toda a criação de Deus ao seu redor revela a majestade e a glória divinas, chamando o homem à contemplação e adoração do Criador. Isso por si só torna os pecadores inexcusáveis perante o tribunal de Deus. Quando rejeitam abertamente o chamado de Deus através de Cristo em Sua Igreja, nada mais lhes resta se não a condenação eterna. Os que têm a oportunidade de ouvir o chamado do evang

Os Cânones de Dort - Capítulo 2 - Artigo 5

Artigo 5 – A proclamação universal do Evangelho: A promessa do Evangelho é que todo aquele que crer em Cristo crucificado, não perecerá, mas tem a vida eterna. Esta promessa deve ser anunciada e proclamada universalmente, sem nenhuma discriminação a todos os povos e homens, aos quais Deus em Seu beneplácito, envia o Evangelho juntamente com o mandamento de que se arrependam e creiam . ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Comentário: Alguns objetam que, se os eleitos serão salvos indiscutivelmente , então independente da igreja pregar ou não o evangelho, isso ocorrerá. Já , os que não são eleitos, não serão salvos, também independente mente da pregação do evangelho. Bem, que aqueles que Deus escolheu na eternidade Ele mesmo os atrairá para si e apenas esses serão trazidos a Ele, é um fato inegável e inequívoco. Contudo, o Senhor nos ordenou pregar o evangelho a toda cri

Os Cânones de Dort - Capítulo 2 - Artigo 4

Artigo 4 – Por que a Sua morte tem valor infinito?: Essa morte é de tão grande poder e valor porque quem se submeteu a ela, é não apenas verdadeira e perfeitamente santo homem, mas também o Filho único de Deus. Ele é Deus eterno e infinito junto ao Pai e ao Espírito Santo. Assim devia ser nosso Salvador. Além disto, Ele sentiu, quando morria a ira e a maldição de Deus que nós merecemos, pelos nossos pecados . ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Comentário: Todos os sacrifícios feitos pelos sacerdotes no Antigo Testamento eram apenas figuras e tipos que apontavam para Cristo e, portanto, precisavam ser repetidos e repetidos todos os dias - “ E assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados” - Hebreus 10.11 . Mas o sacrifício que o Senhor Jesus, sendo o sacerdote e

Os Cânones de Dort - Capítulo 2 - Artigo 3

Artigo 3 – O valor infinito da morte de Cristo: A morte do Filho de Deus é o único e o mais perfeito sacrifício e satisfação pelos pecados; tem valor e mérito infinitos; é abundante o suficiente para expiar os pecados do mundo inteiro . ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Comentário: Para reverter os efeitos do pecado e da queda da humanidade, a mesma justiça de Deus exigia um sacrifício de valor infinito e eterno. Para que o homem fosse liberto da culpa, da escravidão e um dia da presença do pecado seria necessário um sacrifício extraterreno, cujo efeito se sobrepusesse ao tempo e cuja eficácia adentrasse o santuário celestial. Naturalmente que um sacrifício assim só poderia ser feito pelo próprio Deus. Assim, se o nosso Fiador tinha que ser um homem para ser o representante da nossa raça, tinha também que ser Deus para oferecer um sacri

Os Cânones de Dort - Capítulo 2 - Artigo 2

Artigo 2 – A satisfação cumprida por Cristo: Nós, contudo, não podemos cumprir essa satisfação e nos livrar por nós mesmos da ira de Deus. Por isso Deus, em sua infinita misericórdia nos deu Seu Filho Unigênito como nosso Fiador. Por nós ou em nosso lugar Ele foi feito pecado e maldito na cruz para que pudesse, em nosso favor, satisfazer a Deus . ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Comentário: Não foi o caso que Deus fez vistas grossas para com os nossos pecados. De maneira nenhuma; Ele não podia simplesmente nos perdoar. Alguns supõem que para Deus nos perdoar foi muito fácil, e que simplesmente, Ele deixou de lado os nossos pecados. Não foi isso, não. Alguém já disse que para Deus foi muito fácil criar o mundo, pois sendo Onipotente, foi apenas falando e tudo veio à existência. O homem Ele o fez com o pó da terra e lhe soprou o espírito de vida. Tudo isso para Deus foi fácil. Mas a redenç

Os Cânones de Dort - Capítulo 2 - Artigo 1 A morte de Cristo e a Redenção do Homem por meio dela

Artigo 1 – O castigo que a justiça de Deus exige: Deus é não só supremamente misericordioso, mas também supremamente justo. E como Ele se revelou em sua Palavra, sua justiça exige que nossos pecados, cometidos contra sua infinita majestade, sejam punidos nesta vida e na futura, em corpo e alma. Não podemos escapar destas punições a menos que seja cumprida a justiça de Deus . ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Comentário: Parece que a justiça e a misericórdia são irreconciliáveis. Como pode Deus ser justo e justificador a um só tempo? Como um justo juiz pode justificar um réu que deveria ser condenado? O próprio Deus diz: “ porque não justificarei o ímpio”; Ele também garantiu “… que ao culpado não tem por inocente; que visita a iniquidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até à terceira e quarta geração” - Êxodo 23.7; 34.7 . Contudo, o apóstolo P