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Mostrando postagens de maio, 2012

Os Cânones de Dort - Capítulo 1 - Artigo 18

Artigo 18 - Não protesto, mas sim adoração: Aos que se queixam da graça da eleição imerecida e da severidade da justa reprovação, replicamos com as palavras do apóstolo: Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?  (Romanos 9.20) , e com essas palavras do nosso Salvador: Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu?  (Mateus 20.15) . Nós, porém, adorando com reverência estes mistérios, exclamamos com o apóstolo: Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!  Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?  Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém (Romanos 11.33-36) .   ----------------------------------------------------------------------------------------

Os Cânones de Dort - Capítulo 1 - Artigo 17

Artigo 17 – Os filhos de crentes que morrem na infância: Devemos julgar a respeito da vontade de Deus com base na sua Palavra, que declara que os filhos de crentes são santos, não por natureza, mas em virtude da aliança da graça da qual participam juntamente com seus pais. Por causa disso, pais tementes a Deus não devem ter dúvida da eleição e salvação de seus filhos, que Deus chamou desta vida ainda na infância . ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Comentário: A C ongregação do Senhor é formada por homens, mulheres e crianças. Isto é, todos os membros da família. As crianças fazem parte da assembleia dos santos - “E enquanto Esdras orava, e fazia confissão, chorando e prostrando-se diante da casa de Deus, ajuntou-se a ele, de Israel, uma grande congregação, de homens, mulheres e crianças; pois o povo chorava com grande choro” - Esdras 10.1 . O Senhor disse que o

Os Cânones de Dort - Capítulo 1 - Artigo 16

Artigo 16 – Como reagir à doutrina da reprovação: Alguns há que ainda não discernem claramente em si mesmos, uma fé viva em Cristo, nem confiança firme no coração, nem boa consciência, nem zelo pela obediência filial e pela glorificação de Deus por meio de Cristo. Apesar disso, eles usam os meios pelos quais Deus prometeu operar tais coisas em nós. Eles não devem se assustar quando se fala da reprovação, nem devem se incluir entre os reprovados. Pelo contrário, devem continuar a usar esses meios com diligência, a almejar com fervor um tempo de graça mais abundante e esperá-lo com reverência e humildade. Há também outros que desejam se converter a Deus com seriedade, tão somente para O agradar e para serem libertos do corpo da morte, contudo não conseguem chegar até onde gostariam no caminho da piedade e da fé. Essas pessoas não deveriam ter tanto medo da doutrina da reprovação, pois Deus, que é misericordioso, prometeu que não esmagará a cana quebrada e não apagará o pavio que fumega (

Os Cânones de Dort - Capítulo 1 - Artigo 15

Artigo 15 – A descrição da reprovação: As Escrituras Sagradas mostram e nos recomendam esta graça eterna e imerecida da nossa eleição, especialmente quando além disso declaram que nem todos os homens são eleitos, mas que alguns não o são, ou seja, foram preteridos na eleição eterna de Deus. Deus, pelo seu beneplácito mui soberano, justo, irrepreensível e imutável, decretou deixá-los na miséria comum em que se lançaram por sua própria culpa e não lhes concedeu a fé salvadora, nem a graça da conversão. Para mostrar Sua justiça, Deus os deixou em seus próprios caminhos e debaixo do Seu justo juízo, decretando, por fim, os condenar e punir eternamente, não apenas pela incredulidade deles, mas também por causa de todos os seus outros pecados. Este é o decreto da reprovação, o qual não faz de Deus o autor do pecado (tal pensamento é blasfêmia!), antes O revela como o terrível, irrepreensível e justo Juiz e Vingador do pecado . -------------------------------------------------------------

Os Cânones de Dort - Capítulo 1 - Artigo 14

Artigo 14 – Como se deve ensinar a Eleição: A doutrina da eleição divina, segundo o mui sábio conselho de Deus, foi pregada pelos profetas, pelo próprio Cristo e pelos apóstolos, tanto debaixo do Antigo Testamento como no Novo Testamento, sendo então registrada por escrito nas Escrituras Sagradas. Assim, também hoje, essa doutrina deve ser ensinada na Igreja de Deus - para qual ela foi particularmente destinada -, em tempo e lugar apropriados, com espírito criterioso, de modo reverente e santo, sem curiosa investigação nos caminhos do Altíssimo, para a glória do Santíssimo nome de Deus, e para a viva consolação do Seu povo. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Comentário: Tudo o que está na Bíblia deve ser pregado e ensinado à Igreja do Senhor. Assim fizeram os ministros de Deus desde os primórdios da Igreja. Tudo quando os profetas e apóstolos fa

Os Cânones de Dort - Capítulo 1 - Artigo 13

Artigo 13 – O valor desta certeza: A consciência e a certeza da eleição fornecem aos filhos de Deus maior motivo para se humilharem diariamente diante Dele, para adorarem a profundidade das suas misericórdias, para se purificarem, e para amarem fervorosamente Aquele que os amou primeiro de modo tão grandioso. Contudo absolutamente não é verdade que a doutrina da eleição e o meditar nela os façam relaxar na observação dos mandamentos de Deus ou os rendam falsamente seguros. No justo juízo de Deus isso normalmente ocorre aos que supõem atrevidamente ter a graça da eleição, ou que dela falam de modo leviano e jactancioso, mas que se recusam a andar nos caminhos dos eleitos . ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Comentário: Um eleito autêntico [e é preciso dizer assim, porque há supostos eleitos] jamais se vangloria de haver sido escolhido, pois sabe que não foi por seu mér

Os Cânones de Dort - Capítulo 1 - Artigo 12

ARTIGO 12 – A CERTEZA DA SALVAÇÃO : OS ELEITOS RECEBEM, NO TEMPO OPORTUNO -, AINDA QUE EM VÁRIOS GRAUS E EM MEDIDAS DIFERENTES, A CERTEZA DA SUA ETERNA E IMUTÁVEL ELEIÇÃO PARA SALVAÇÃO. ELES, TODAVIA, NÃO A OBTÊM QUANDO CURIOSAMENTE INVESTIGAM OS MISTÉRIOS E PROFUNDEZAS DE DEUS, MAS A RECEBEM, QUANDO OBSERVAM EM SI MESMOS, COM ALEGRIA ESPIRITUAL E GOZO SANTO, OS INFALÍVEIS FRUTOS DA ELEIÇÃO INDICADOS NA PALAVRA DE DEUS - TAIS COMO UMA FÉ VERDADEIRA EM CRISTO, UM TEMOR FILIAL PARA COM DEUS, PIEDOSA TRISTEZA PELOS SEUS PECADOS SEGUNDO A VONTADE DE DEUS, E FOME E SEDE DE JUSTIÇA. ----------------------------------------------------------------------------- C omentário: C erteza ou convicção da salvação, é uma grande bênção que os santos gozam de maneiras diferentes, conforme a sabedoria de Deus. Ele sabe o que é bom e adequado para cada um de seus filhos. À s vezes o que é bom para um pode não ser para outro; e ntão um desfruta de plena certeza e convicção, enquanto que outro pode t

Os Cânones de Dort - Capítulo 1 - Artigo 11

Artigo 11 – A Eleição é imutável: Como Deus é infinitamente Sábio, Imutável, Onisciente, e Onipotente, assim também a sua eleição não pode ser desfeita, refeita, alterada, revogada ou anulada; tampouco podem os eleitos serem rejeitados, ou o número deles ser diminuído . ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Comentário: Se um só dos eleitos se perdesse, o inimigo teria triunfado e Deus seria envergonhado; o mal teria obtido uma vitória e uma parte do propósito eterno seria frustrado. Impensável! Impossível! - “ Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido” - Jó 42.2 . Uma vez o eleito chamado e declarado justo, essa sentença judicial, forense de Deus jamais será revogada. Assim, todos os atos decretativos de Deus são absolutamente soberanos e têm sua causa no Conselho Eterno; portanto, são inexoravelmente trazidos a luz e infa

Os Cânones de Dort - Capítulo 1 - Artigo 10

Artigo 10 – A Eleição baseia-se no beneplácito de Deus: A causa dessa eleição graciosa é somente o bom propósito de Deus, o qual não consiste de haver Deus escolhido de entre todas as condições possíveis, certas qualidades ou ações dos homens como requisito para salvação; Mas consiste em que Ele, dentre a multidão dos pecadores, adotou para a sua possessão certas pessoas. Como está escrito: Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal ( para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama ), Foi-lhe dito a ela (Rebeca) : O maior servirá o menor. Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú - Romanos 9.11-13.  E,  ... creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna - Atos 13.48 . ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Comentário: Tudo que o hom

Os Cânones de Dort - Capítulo 1 - Artigo 9

ARTIGO 9 – A ELEIÇÃO NÃO SE BASEIA EM FÉ PREVISTA: TAL ELEIÇÃO NÃO SE BASEIA EM FÉ PREVISTA, EM OBEDIÊNCIA DE FÉ, SANTIDADE OU OUTRA BOA QUALIDADE OU DISPOSIÇÃO, QUE SEJA A CAUSA OU A CONDIÇÃO NECESSÁRIA AOS HOMENS PARA SEREM ELEITOS; OS HOMENS, TODAVIA, SÃO ELEITOS PARA FÉ, PARA A OBEDIÊNCIA DA FÉ, PARA A SANTIDADE, ETC. A ELEIÇÃO É, PORTANTO, A FONTE DE TODAS AS VIRTUDES SALVADORAS, DE ONDE PROCEDE A FÉ, A SANTIDADE E OS OUTROS DONS DA SALVAÇÃO, E FINALMENTE A PRÓPRIA VIDA ETERNA, COMO FRUTOS E EFEITOS DA ELEIÇÃO. É ISSO O QUE O APÓSTOLO ENSINA QUANDO DIZ: “DEUS nos elegeu nele (EM CRISTO) antes da fundação do mundo (NÃO PORQUE ÉRAMOS SANTOS MAS) para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor - Efésios 1.4 . ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Comentário: Definir eleição, como uma previsão que Deus fez na eternidade, sobre a

Os Cânones de Dort - Capítulo 1 - Artigo 8

ARTIGO 8 – UM ÚNICO DECRETO DE ELEIÇÃO: ESTA ELEIÇÃO NÃO É MÚLTIPLA, MAS ELA É UMA E A MESMA DE TODOS OS QUE SÃO SALVOS TANTO NO ANTIGO TESTAMENTO QUANTO NO NOVO TESTAMENTO. POIS A ESCRITURA NOS PREGA O ÚNICO BOM PROPÓSITO E CONSELHO DA VONTADE DE DEUS, PELO QUAL ELE NOS ESCOLHEU DESDE A ETERNIDADE, TANTO PARA A GRAÇA COMO PARA A GLÓRIA, ASSIM TAMBÉM PARA A SALVAÇÃO E PARA O CAMINHO DA SALVAÇÃO, O QUAL PREPAROU PARA QUE ANDÁSSEMOS NELE. --------------------------------------------------------------------------------------------------- Comentário: Nem há vários decretos de eleição nem há uma eleição em série, como se Deus escolhesse um grupo de homens indistintos de cada época da humanidade. Não, mas Deus fez um único decreto onde incluiu todos quantos escolheu salvar dentre os filhos de Adão. Incluiu, porém um a um a quem escolhia, nome a nome, indivíduo a indivíduo. Conforme a escolha, assim também é o chamado – um a um. Assim como Jesus escolheu os apóstolos um a um, também Ele es

Os Cânones de Dort - Capítulo 1 - Artigo 7

ARTIGO 7 – DEFINIÇÃO DA ELEIÇÃO : ESTA ELEIÇÃO É O IMUTÁVEL PROPÓSITO DE DEUS, PELO QUAL ELE, ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO, ESCOLHEU UM NÚMERO GRANDE E DEFINIDO DE PESSOAS PARA A SALVAÇÃO, POR GRAÇA PURA. ESTAS SÃO ESCOLHIDAS DE ACORDO COM O SOBERANO BOM PROPÓSITO DE SUA VONTADE, DENTRE TODO O GÊNERO HUMANO, DECAÍDO PELA SUA PRÓPRIA CULPA DE SUA INTEGRIDADE ORIGINAL PARA O PECADO E A PERDIÇÃO. OS ELEITOS NÃO SÃO MELHORES OU MAIS DIGNOS QUE OS OUTROS, PORÉM ENVOLVIDOS NA MESMA MISÉRIA DOS DEMAIS. SÃO ESCOLHIDOS EM CRISTO, QUEM DEUS CONSTITUIU, DESDE A ETERNIDADE, COMO MEDIADOR E CABEÇA DE TODOS OS ELEITOS E FUNDAMENTO DA SALVAÇÃO. E, PARA SALVÁ-LOS POR CRISTO, DEUS DECIDIU DÁ-LOS A ELE E EFETIVAMENTE CHAMÁ-LOS E ATRAÍ-LOS À SUA COMUNHÃO POR MEIO DA SUA PALAVRA E SEU ESPÍRITO. EM OUTRAS PALAVRAS, ELE DECIDIU DAR-LHES VERDADEIRA FÉ EM CRISTO, JUSTIFICÁ-LOS, SANTIFICÁ-LOS, E DEPOIS, TENDO-OS GUARDADO PODEROSAMENTE NA COMUNHÃO DE SEU FILHO, GLORIFICÁ-LOS FINALMENTE. DEUS FEZ ISTO PARA A DEMO