Os Cânones de Dort - Capítulo 1 - Artigo 16
Comentário: Diante desta doutrina todos devemos nos humilhar, nos prostrar e adorar “Ao que está assentado no trono e ao Cordeiro”, reconhecendo quão indignos e miseráveis todos somos, e quão merecedores da punição eterna nos tornamos. O homem é uma criatura caída sentada no banco dos réus diante do Grande Juiz, que “a um abate e a outro exalta”, segundo o Conselho Eterno da sua vontade. Há momentos que todos nós, salvos em Cristo, temos mais consciência da nossa fraqueza, impotência e de quão atrasados estamos no caminho da santificação. Pois de fato todos os verdadeiros crentes gostariam de ser mais piedosos, pois sempre achamos que estamos em débito. E se houver alguns, que de tão fracos e débeis, chegarem quase a desanimar por não verem em suas vidas os frutos que gostariam de ver, a fé viva e a intrepidez que veem nos outros santos, nem por isso devem sentir-se reprovados quando ouvirem esta doutrina. É preciso, contudo, diferenciar fraqueza de negligência, imperfeição de rebeldia, embaraço de indolência ou preguiça. O fato de alguém sentir-se fraco, débil, impotente, grande pecador e imerecedor da salvação, revela que Deus está agindo em sua vida. Pode ser mais preocupante quando a pessoa se acha muito confortável e segura de si e da sua eleição, em suas orações, em seu serviço a Deus, em suas obras. É bom lembrar sempre, que tudo que você recebe é por graça e pelos méritos de Jesus Cristo. Se a pessoa luta com dificuldades, fraquezas, limitações para compreender certos pontos da doutrina, insatisfeita com sua piedade, mas é sincera e tem propósito sincero de mudar e esforça-se para isso, não deve temer. A ameaça fica para aqueles que têm uma falsa paz, uma falsa segurança, não têm santificação e isto não os preocupa. Esses devem tremer diante desta doutrina.
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