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Mostrando postagens de outubro, 2011

Confissão Belga - Artigo 36 - O Ofício das Autoridades Civis

Cremos que nosso bom Deus, por causa da perversidade do gênero humano, constituiu reis, governos e autoridades. Ele quer que o mundo seja governado por leis e códigos, para que a indisciplina dos homens seja contida e tudo ocorra entre eles em boa ordem. Para este fim Ele forneceu às autoridades a espada para castigar os maus e proteger os bons (Romanos 13:4) . Seu ofício não é apenas cuidar da ordem pública e zelar por ela, mas também proteger o santo ministério da igreja a fim de * promover o reino de Jesus Cristo e a pregação da Palavra do Evangelho em todo lugar, para que Deus seja honrado e servido por todos, como Ele ordena na sua Palavra. Depois, cada um, em qualquer posição que esteja, tem a obrigação de submeter-se às autoridades, pagar impostos, render-lhes honra e respeito, obedecer-lhes em tudo o que não contraria a Palavra de Deus, e orar em favor delas para que Deus as guie em todos os seus caminhos, "para que vivamos vida tranquila e mansa com toda piedade e res

Confissão Belga – Artigo 35 - A Santa Ceia

Cremos e confessamos que nosso Salvador Jesus Cristo ordenou e instituiu o sacramento da santa ceia, a fim de alimentar e sustentar aqueles que Ele já fez nascer de novo e incorporou à sua família, que é a sua Igreja. Agora, aqueles que nasceram de novo têm duas vidas diferentes. Uma é física e temporal: eles a trouxeram de seu primeiro nascimento e todos os homens a têm. A outra é espiritual e celestial: ela lhes é dada no segundo nascimento que se realiza pela palavra do Evangelho, na comunhão com o corpo de Cristo. Esta vida apenas os eleitos de Deus possuem. Assim Deus ordenou para a manutenção da vida física e terrena, pão comum, terreno, que todos recebem como recebem a vida. Porém, a fim de manter a vida espiritual e celestial, que os crentes possuem, Ele lhes enviou um "pão vivo, que desceu do céu" (João 6:51) , isto é, Jesus Cristo. Ele alimenta e mantém a vida espiritual dos crentes quando é comido, quer dizer: aceito espiritualmente e recebido pela fé. A fim

Confissão Belga – Artigo 34 - O Santo Batismo

Cremos e confessamos que Jesus Cristo, o qual é "o fim da lei" (Romanos 10:4), derramando seu sangue, acabou com qualquer outro derramamento de sangue, que se possa ou queira realizar para reconciliação dos pecados. Tendo abolido a circuncisão, que se praticava com sangue, Ele instituiu, em lugar dela, o sacramento do batismo. Pelo batismo somos recebidos na Igreja de Deus e separados de todos os outros povos e outras religiões para pertencermos totalmente a Ele, tendo sua marca e estandarte. O batismo nos serve para testemunhar que Ele eternamente será nosso Deus e misericordioso Pai. Por isso, Cristo mandou batizar todos os seus "em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mateus 28:19), somente com água. Desta forma Ele nos dá a entender que assim como a água tira a impureza do corpo, quando derramada em nós, e também assim como a água é vista no corpo de quem recebe o batismo, assim o sangue de Cristo, através do Espírito Santo, lava a alma, purificando-

Confissão Belga - Artigo 33 - Os Sacramentos

Cremos que nosso bom Deus, atento à nossa ignorância e fraqueza, instituiu os sacramentos, a fim de nos selar suas promessas e nos conceder penhores de sua benevolência e graça para conosco e, também, alimentar e sustentar nossa fé. Ele acrescentou os sacramentos à palavra do Evangelho para melhor apresentar aos nossos sentidos tanto o que Ele nos declara por sua Palavra, como o que Ele opera em nossos corações. Assim, Ele confirma a salvação de que nos fez participar. Pois os sacramentos são visíveis sinais e selos de uma realidade interna e invisível. Através deles, Deus opera em nós, pelo poder do Espírito Santo. Por isso, os sinais não são vãos nem vazios para nos enganar, porque Jesus Cristo é a verdade deles e, sem Ele, nada seriam. Além disto, nos contentamos com o número dos sacramentos que Cristo, nosso Mestre, instituiu e que não são mais de dois: o sacramento do batismo e o da santa ceia de Jesus Cristo. -----------------------------------------------------------------

Confissão Belga – Artigo 32 - A Ordem e a Disciplina da Igreja

Cremos que os que governam a igreja devem cuidar para não se desviarem do que Cristo, nosso único Mestre, nos ordenou; embora seja útil e bom que, entre eles, se estabeleça e conserve determinada ordem para manter o corpo da igreja. Por isso, rejeitamos todas as invenções humanas e todas as leis que se queiram introduzir para servir a Deus, mas que venham, de qualquer maneira, comprometer e constranger a consciência. Aceitamos, então, somente o que serve para promover e guardar a concórdia e a unidade e para manter tudo na obediência a Deus. Esta ordem (caso desobedecida exige a excomunhão), feita conforme a Palavra de Deus, com todas as suas consequências. ------------------------------------------------------------------------------- Comentário: Os oficiais têm a responsabilidade de manter a boa ordem na igreja local . Deus lhes deu autoridade para exercer a disciplina cristã sempre que se fizer necessária. E Jesus ensinou como proceder – Ora, se teu irmão pecar contra ti, va

Confissão Belga - Artigo 31 - Os Ofícios na Igreja

Cremos que os ministros da palavra de Deus, os presbíteros e os diáconos devem ser escolhidos para seus ofícios mediante eleição legítima pela igreja, sob invocação do nome de Deus e em boa ordem, conforme a palavra de Deus ensina. Por isso, cada membro deve cuidar para não se apoderar do ofício por meios ilícitos, mas deve esperar a hora em que é chamado por Deus, a fim de ter, assim, a certeza de que sua vocação vem do Senhor. Quanto aos ministros da Palavra, eles têm, onde quer que estejam, igual poder e autoridade, porque todos são servos de Jesus Cristo, o único Bispo universal e o único Cabeça da igreja. Além disto, a santa ordem de Deus não pode ser violada ou desprezada. Dizemos, portanto, que cada um deve ter respeito especial pelos ministros da Palavra e presbíteros da igreja, em razão do trabalho que realizam. Cada um deve viver em paz com eles, tanto quanto possível, sem murmuração, contenda ou discórdia. -------------------------------------------------------------

Confissão Belga - Artigo 30 - O Governo da Igreja

Cremos que esta verdadeira igreja deve ser governada conforme a ordem espiritual, que nosso Senhor nos ensinou na sua Palavra. Deve haver ministros ou pastores para pregarem a Palavra de Deus e administrarem os sacramentos; deve haver também presbíteros e diáconos para formarem, com os pastores, o conselho da igreja. Assim, eles devem manter a verdadeira religião e fazer com que a verdadeira doutrina seja propagada, que os transgressores sejam castigados e contidos, de forma espiritual, e que os pobres e os aflitos recebam ajuda e consolação, conforme necessitam. Desta maneira, tudo procederá, na igreja, em boa ordem, quando forem eleitas pessoas fiéis, conforme a regra do apóstolo Paulo na carta a Timóteo. ----------------------------------------------------------------- Comentário: A Confissão nos ensina que há três funções diferentes no governo espiritual da igreja: presbíteros, diáconos e ministros da Palavra. Os presbíteros podem ser regentes e docentes, os que governam e os

Confissão Belga - Artigo 29 - As Marcas da Verdadeira Igreja, dos seus Membros e da Falsa Igreja

Cremos que se deve discernir diligentemente e com muito cuidado, pela Palavra de Deus, qual é a verdadeira igreja, visto que todas as seitas, que atualmente existem no mundo, se chamam igreja, mas sem razão. Não falamos aqui dos hipócritas que, na igreja, se acham entre os sinceros fiéis e contudo não pertencem à igreja, embora sejam membros dela. Mas queremos dizer que se deve distinguir o corpo e a comunhão da verdadeira igreja, de todas as seitas que se dizem igreja. As marcas para conhecer a verdadeira igreja são estas: ela mantém a pura pregação do Evangelho, a pura administração dos sacramentos como Cristo os instituiu, e o exercício da disciplina eclesiástica para castigar os pecados. Em resumo: ela governa a si mesma segundo a pura Palavra de Deus, rejeitando todo o contrário a esta Palavra e reconhecendo Jesus Cristo como o único Cabeça. Assim, com certeza, se pode conhecer a verdadeira igreja, e ninguém tem o direito de separar-se dela. Aqueles que pertencem à igreja deve