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Mostrando postagens de setembro, 2011

Confissão Belga - Artigo 27 - A Igreja Católica ou Universal

Cremos e confessamos uma só Igreja, católica ou universal. Ela é uma santa congregação e assembleia dos verdadeiros crentes em Cristo, que esperam toda a sua salvação de Jesus Cristo, lavados pelo sangue dele, santificados e selados pelo Espírito Santo. Esta Igreja existe desde o princípio do mundo e existirá até o fim. Pois, Cristo é um Rei eterno, que não pode estar sem súditos. Esta santa Igreja é mantida por Deus contra o furor do mundo inteiro, mesmo que ela, às vezes, por algum tempo, seja muito pequena e na opinião dos homens, quase desaparecida. Assim, Deus guardou para si, na perigosa época de Acabe, sete mil homens, que não tinham dobrado os joelhos a Baal. Esta santa Igreja também não está situada, fixada ou limitada em certo lugar, ou ligada a certas pessoas, mas ela está espalhada e dispersa pelo mundo inteiro. Contudo, está integrada e unida, de coração e vontade, no mesmo Espírito, pelo poder da fé. ------------------------------------------------------------------

Confissão Belga – Artigo 26 - Cristo, nosso único Advogado

Cremos que nenhum acesso temos a Deus, senão pelo único Mediador e Advogado Jesus Cristo, o Justo. Porque Ele se tornou homem e uniu as naturezas divina e humana, para que nós, homens, tivéssemos acesso à majestade divina. De outro modo nenhum acesso teríamos. Mas este Mediador que o Pai constituiu entre Ele e nós, não nos deve assustar por sua grandeza, a ponto de fazer-nos procurar outro, conforme nossa própria vontade. Porque não há ninguém, nem no céu, nem na terra, entre as criaturas, que nos ame mais que Jesus Cristo, “que sendo em forma de Deus... esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” , por nós, "em tudo... semelhante aos irmãos" (Filipenses 2:6, 7; Hebreus 2:17). Agora, se tivéssemos que buscar outro mediador que nos fosse favorável, quem poderíamos encontrar que mais nos amasse senão Ele que entregou sua vida por nós, sendo nós ainda inimigos (Romanos 5:8, 10)? E se tivéssemos que buscar alguém que tivesse poder e es

Confissão Belga - Artigo 25 - Cristo, o Cumprimento da Lei

Cremos que as cerimônias e figuras da lei terminaram com a vinda de Cristo e que, assim, todas as sombras chegaram ao fim. Por isso, os cristãos não devem mais usá-las. Contudo, para nós, sua verdade e substância permanecem em Cristo Jesus, em quem têm seu cumprimento. Entretanto, ainda usamos os testemunhos da Lei e dos Profetas para confirmarmo-nos no Evangelho e, também, para regularmos nossa vida em toda honestidade, para a glória de Deus, conforme sua vontade. -------------------------------------------------------------------------- Comentário: A antiga era judaica foi um período de tipos ou figuras que apontavam para Cristo. O tabernáculo, o templo, os sacrifícios, os sacerdotes, os sha b bat s , as festas religiosas, eram todos, sombras de uma realidade que viria – Cristo – Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa , ou da lua nova , ou dos sábados , Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo – Colossenses 2.

Confissão Belga - Artigo 24 - A Santificação

  Cremos que a verdadeira fé, tendo sido acesa no homem pelo ouvir da Palavra de Deus e pela obra do Espírito Santo, regenera o homem e o torna um homem novo. Esta verdadeira fé o faz viver na vida nova e o liberta da escravidão do pecado. Por isso, é impossível que esta fé justificadora leve os homens a se descuidarem da vida piedosa e santa. Pelo contrário, sem esta fé jamais farão alguma coisa por amor a Deus, mas somente por amor a si mesmos e por medo de serem condenados. É impossível, portanto, que esta fé permaneça no homem sem frutos. Pois, não falamos de uma fé vã, mas da fé, de que a Escritura diz que  "opera pelo amor" (Gálatas 5:6). Ela move o homem a exercitar-se nas obras que Deus mandou na sua Palavra. Estas obras, se procedem da boa raiz da fé, são boas e agradáveis a Deus, porque todas elas são santificadas por sua graça. Entretanto, elas não são levadas em conta para nos justificar. Porque é pela fé em Cristo que somos justificados, mesmo antes de fazermos

Confissão Belga - Artigo 23 - Nossa Justiça Perante Deus Em Cristo

Cremos que nossa verdadeira felicidade consiste no perdão dos pecados, por causa de Jesus Cristo, e que isto significa para nós a justiça perante Deus. Assim nos ensinam Davi e Paulo, declarando: “ Bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente de obras” (Romanos 4:6; Salmo 32:2). E o mesmo apóstolo diz que somos “ justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3: 24). Portanto, perseveramos neste fundamento, dando toda a glória a Deus, humilhando-nos e reconhecendo que nós, homens, somos maus. Não nos vangloriamos, de nenhuma maneira, de nós mesmos ou de nossos méritos. Somente nos apoiamos e descansamos na obediência do Cristo crucificado. Esta obediência é nossa se cremos nEle. Ela é suficiente para cobrir todas as nossas iniquidades. Ela liberta nossa consciência de temor, perplexidade e espanto e, assim, nos dá ousadia de aproximarmo-nos de Deus, sem fazermos como nosso primeiro pai Adão que, temendo, quis c

Confissão Belga - Artigo 22 - A Justificação pela Fé em Cristo

Cremos que, para obtermos verdadeiro conhecimento desse grande mistério, o Espírito Santo acende em nosso coração verdadeira fé. Esta fé abraça Jesus Cristo com todos os seus méritos, apropria-se dEle e nada mais busca fora dEle. Pois das duas, uma: ou não se acha em Jesus Cristo tudo o que é necessário para nossa salvação, ou tudo se acha nEle, e, então, aquele que possui Jesus Cristo pela fé, tem a salvação completa. Dizer, porém, que Cristo não é suficiente, mas que, além dEle, algo mais é necessário, significaria uma blasfêmia horrível. Pois Cristo seria apenas um salvador incompleto. Por isso, dizemos, com razão, junto com o apóstolo Paulo, que somos justificados somente pela fé, ou pela fé sem as obras (Romanos 3:28). Entretanto, não entendemos isto como se a própria fé nos justificasse, mas ela é somente o instrumento com que abraçamos Cristo, nossa justiça. Mas Jesus Cristo, atribuindo-nos todos os seus méritos e tantas obras santas, que fez por nós e em nosso lugar, é noss

Confissão Belga - Artigo 21 - A Satisfação por Cristo

Cremos que Jesus Cristo é o eterno Sumo Sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, o que Deus confirmou por juramento. Perante seu Pai e para apaziguar- l he a ira, Ele se apresentou em nosso nome, por satisfação própria, sacrificando-se a si mesmo e derramando seu precioso sangue, para purificação dos nossos pecados, conforme os profetas predisseram. Pois, está escrito que “ o castigo que nos traz a paz estava sobre” o Filho de Deus e que “ pelas suas pisaduras fomos sarados”; “como cordeiro foi levado ao matadouro”; “foi contado com os transgressores” (Isaías 53:5,7,12); e como criminoso foi condenado por Pôncio Pilatos embora este o tivesse declarado inocente. Assim, então, restituiu o que não tinha furtado (Salmo 69:4), e sofreu, “ o justo pelos injustos” (1ª Pedro 3:18), tanto no seu corpo como na sua alma, de maneira que sentiu o terrível castigo que os nossos pecados mereceram. Assim “ o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra” (Lucas 22:44). Ele “ clamo