Guardião da Doutrina

E todos os poços, que os servos de seu pai tinham cavado nos dias de seu pai Abraão, os filisteus entulharam e encheram de terra...   E tornou Isaque e cavou os poços de água que cavaram nos dias de Abraão seu pai, e que os filisteus entulharam depois da morte de Abraão, e chamou-os pelos nomes que os chamara seu pai - Gênesis 26.15, 18 . Os cultos modernos perderam muito da essência que os caracterizava em seus primórdios. A maior parte do “enchimento” que há nos cultos hoje, não apenas é desnecessária mas é entulho jogado na fonte. Infelizmente temos visto uma sociedade caída comprimindo a Igreja em seus moldes, os filisteus jogando lixo na fonte aberta pelos nossos antigos pais. O resultado é uma adulteração do modelo de Deus, apresentado nas Escrituras. Lemos em Atos 2.42:  E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações . Essa era a composição do culto antigo. Tudo o que for além disso, estará concorrendo com a verdadeira adoração e em

O avivamento tão desejado e esperado começa sempre pela Palavra de Deus. Por isso os ministros de Deus devem pregar Cristo, seu sacrifício na cruz, sua graça. O Senhor nunca comissionou profetas para proclamar cura divina, muito menos ungiu servos para pregar prosperidade financeira ou coisas desse tipo. Deus unge e capacita seus ministros para pregar a Cristo. Ele deu aos seus embaixadores, não o ministério da cura física, nem o ministério da autoajuda, mas sim o ministério da reconciliação. O que falta hoje na Igreja de Cristo é a palavra da cruz. A pregação e o ensino hoje não são ensino apostólico, mas estão muito distantes do modelo original. O que muitos pregam da Bíblia hoje não é o evangelho. Há pregação sobre confissão positiva, pregação de autoajuda, de automotivação, mas isso não salva almas. A verdadeira pregação deve ser sempre centrada em Cristo e não em benesses. O pecador precisa saber que está perdido e Cristo é o único caminho de volta para Deus. Precisa saber que é

Em épocas de apostasia no antigo Israel, os reis traziam para dentro do templo muitas coisas do paganismo. Construíram altares pagãos, fizeram vasos dedicados a Baal, postes-ídolos, etc. O rei Acaz foi um desses “inovadores”. Viu um altar idólatra em Damasco, o copiou e mandou que fosse feito outro igual em Jerusalém, e sacrificou nele - Então o rei Acaz foi a Damasco... e, vendo um altar que estava em Damasco, enviou ao sacerdote Urias o desenho e o modelo do altar, conforme toda a sua feitura. E Urias, o sacerdote, edificou um altar conforme tudo o que o rei Acaz lhe tinha enviado de Damasco... Vindo, pois, o rei de Damasco, viu o altar; e o rei se chegou ao altar, e sacrificou nele... Porém o altar de cobre, que estava perante o Senhor, ele tirou de diante da casa, de entre o seu altar e a casa do Senhor... -  2º Reis 16.10-14 . O que o rei Acaz fez foi substituir o modelo de Deus pelo modelo pagão. E não é isso que muitas igrejas têm feito hoje? Hoje há muitos altares pagãos dentr

Estava entre nossos pais no deserto o tabernáculo do testemunho, como ordenara aquele que disse a Moisés que o fizesse segundo o modelo que tinha visto - Atos 7.44 . Muitos, em nossos dias, suspiram por um avivamento, enquanto que outros creem que já estamos vivendo um avivamento, por causa do crescimento numérico dos evangélicos em nosso país. Não, não estamos em meio de um avivamento. Só porque as pessoas enchem as reuniões gospel e seus cultos celebrativos não significa que presenciamos um avivamento. E nosso clamor mais urgente deveria ser por uma reforma na Igreja, até porque não pode haver avivamento genuíno sem reforma. Talvez seja melhor dizer que uma reforma genuína é um avivamento. Porque reforma é um retorno à sã doutrina, à tradição apostólica, às antigas veredas. E não é isso que um autêntico avivamento faz? E é exatamente disso que a Igreja necessita hoje - uma nova reforma, de uma limpeza no templo, colocando para fora todas as abominações que foram trazidas para dentr

Conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus pertences, assim mesmo o fareis...  Atenta, pois, que o faças conforme ao seu modelo, que te foi mostrado no monte - Êxodo 25.9, 40. Quando Deus quis construir o tabernáculo para sua habitação no meio do povo de Israel, chamou Moisés ao monte Sinai e lhe deu instruções tão específicas quanto poderia fazê-lo. Mostrou-lhe um modelo e lhe disse que fizesse exatamente como lhe fora mostrado, no que Moisés foi totalmente fiel à vontade de Deus.  Apenas nos três últimos capítulos de Êxodo podemos ler a frase  “ como o Senhor ordenara a Moisés” quase vinte vezes.  Quando o tabernáculo ficou pronto, Deus o aprovou, enchendo-o com a Sua Glória - Assim Moisés acabou a obra. Então a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo - Êxodo 40.33-34 . Mais tarde, quando o rei Salomão construiu o templo fê-lo conforme o tabernáculo. Davi, seu pai, lhe passou às mãos a plant

O vosso trabalho não é vão no Senhor - 1ª Coríntios 15.58. Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra - Hebreus 6.10 . A verdadeira oração nunca é vã. Deus jamais negaria a qualquer de seus filhos uma audiência nem jamais os deixaria sem ajuda. Contudo ao orar precisamos saber que nossa oração não irá mudar Deus, pois a oração não tem esse propósito, mesmo porque Deus é imutável, porque também é perfeito e infalível. Esse fato ao contrário de nos desmotivar, deve nos dar maior segurança na oração, porque sabemos que ainda que oremos da forma errada, o que fazemos muitas vezes, todavia jamais Ele fará algo que não seja bom, justo ou que contrarie seus decretos. A oração tampouco poderia alterar os decretos de Deus, porque também eles são perfeitos, eternos e inalteráveis, pois o próprio Deus os concebeu, provou, aprovou e ordenou. Tampouco o futuro pode ser mudado porque ele é resultado dos sábios e perfeitos decretos de Deus que compõem a história da criação e da redençã

Porque o perverso é abominável ao SENHOR, mas com os sinceros ele tem intimidade - Provérbios 3.32 . Mais importante do que a resposta da oração em si mesma é o efeito dela sobre nós. Deus se agrada em nos responder, claro quando nossa oração está de acordo com a Sua vontade, mas não podemos perder de vista o resultado dela em nossa experiência com o Senhor. Sempre que oramos, aprendemos algo, ainda que a resposta seja exatamente o contrário do que pedimos, e muitas vezes o é, quando até parece que Deus não nos ouviu. Precisamos aprender com cada experiência de oração. Quando Deus nos dá o que pedimos, nos alegramos, e nossa confiança nele cresce. Quando a resposta parece demorar, aprendemos a esperar, a ter paciência, a descansar nele. Quando ele faz exatamente o contrário daquilo que esperávamos, aprendemos a obediência, a submissão, a sujeição aos seus eternos propósitos. Para que não percamos os benefícios de cada oração, precisamos lembrar sempre que Deus é o nosso Pai, que ele

“Pai, glorifica o teu nome” – João 12.28. A oração não é algo nosso próprio, para fazermos com ela o que bem entendemos. Ela é um precioso dom de Deus aos seus filhos, e por isso deve ser usada apenas com propósitos que glorifiquem a Deus. Não é uma arma para ser usada contra qualquer inimigo ou obstáculo que se ponha em nosso caminho; não é uma técnica utilizada para obter benefícios de Deus; não é uma lei de causa e efeito; não é uma moeda de troca. Não, tudo isso está muito longe da verdadeira oração. Isso é desequilíbrio e ignorância sobre o verdadeiro caráter da oração. A oração, que não visa à glória de Deus, mas apenas suas benesses, é uma oração egocêntrica, covarde, enfadonha e blasfema. Egocêntrica porque tem caráter mercantilista - quer negociar com Deus; covarde porque mostra medo do sofrimento, da perda, da dor, muito mais do que medo de pecar; enfadonha para Deus porque são ladainhas repetitivas e lamuriosas; blasfemas porque não raro querem entrar na área da soberania

“ (Jesus Cristo), nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia... Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” – Hebreus 5.7 e 7.25 . Apenas a eternidade poderá revelar a importância primária da oração. Um dia veremos todos os resultados das orações do povo de Deus. Nosso Deus decretou todas as coisas que acontecem na criação. Decretou não apenas os fins senão também os meios pelos quais esses fins são atingidos, e a oração do seu povo é um desses meios - E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus - Apocalipse 8.4 . Simplesmente, não há como avaliar essa atividade comparando-a com outras terrenas. Ela é avaliada pela medida do santuário. Basta folharmos os evangelhos para confirmar o que o autor da carta aos Hebreus disse sobre o Senhor Jesus Cristo e a sua vida