A Confissão Rochelle - XVIII - Nosso perdão gratuito

 18. Nosso perdão gratuito

Nós cremos que toda nossa justiça está fundamentada sobre a remissão de nossos pecados e que nossa única alegria se encontra nesse perdão, como disse Davi. Por causa disso, nós rejeitamos todos os outros meios pelos quais poderíamos pensar em nos justificar diante de Deus e, sem nos atribuir nenhuma virtude ou mérito, nós possuímos unicamente a obediência de Jesus Cristo, a qual nos foi atribuída para cobrir todos os nossos pecados, como também para nos fazer achar graça e favor diante de Deus.

Nossa paz

De fato, nós cremos que nos afastando pouco que seja desse fundamento – a obediência de Jesus Cristo – nós não poderemos achar em outro lugar nenhum descanso, mas que nós seríamos sempre atormentados pela insegurança porque, considerados em nós mesmos, nós somos dignos de ser odiados por Deus, e que não estaremos jamais em paz com Deus até que sejamos firmemente convencidos de que somos amados em Jesus Cristo.

Sl 32.1,2; Rm 4.7,8; Rm 3.19; Rm 5.19; 1 Tm 2.5; 1 Jo 2.1,2; Rm 1.16; At 4.12.

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Comentário: Quando Adão pecou e traiu Deus, quebrou a aliança; nesse ato Adão perdeu todo direito e privilégio que tinha; ele atraiu sobre si a ira e a maldição de Deus. Adão fez uma troca, o pior negócio que jamais alguém poderia fazer. Foi uma grande tragédia; ele rompeu uma aliança com o Deus Todopoderoso, que o criou e amou, para aliar-se ao arqui-inimigo de Deus – Satanás. Assim, Adão perdeu sua comunhão com Deus, perdeu sua santidade, sua justiça, sua paz. É assim que todo homem sem Cristo vive. Após a queda Adão foi imediatamente expulso do Paraíso. Não havia nada que justificasse a rebeldia e traição que Adão cometeu. O tamanho da nossa ofensa é medida pela patente daquele que foi ofendido, no caso, Deus. Um pecado contra Deus merece a punição eterna. Com tal ficha Adão jamais poderia justificar-se a si mesmo; outro tanto podemos dizer de cada filho de Adão. Não há nada, absolutamente, que o pecador possa fazer para retornar a comunhão de Deus. Depois da queda, se Deus falasse do céu e confirmasse a sentença de Adão, seria o fim de Adão e de toda a humanidade. Nunca mais um filho de Adão veria Deus, falaria com ele, nem mesmo o conheceria. Mas depois da queda Deus buscou Adão e falou com ele e, embora predissesse uma vida de sofrimento neste mundo, mas ainda haveria uma chance, um Redentor foi anunciado. De modo que se alguém tem de voltar a presença de Deus e a sua comunhão precisa ser através do Mediador que Deus estabeleceu. Sempre houve um único Mediador e ainda há; no Antigo Testamento esse Mediador estava velado, no Novo Testamento ele revelou-se; ele é o Senhor Jesus Cristo -Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” - 1a Timóteo 2.5. A justiça que Adão perdeu no Paraíso foi reavida pelo segundo Adão, e essa justiça é atribuída àqueles que creem em Deus e em Jesus Cristo. A única justiça que Deus aceita é a sua própria. Quando Deus chama o pecador, dá-lhe fé para crer em Cristo e assim ele é justificado. É dessa justiça que nos vem a paz, a satisfação, a alegria, a segurança. O pecador que tentar se justificar a si próprio será condenado, porque quando ele faz isso está desprezando Deus; mas todo aquele que se aborrecer e condenar-se a si mesmo, esse justifica a Deus e é por Deus justificado. Mas a sabedoria é justificada por todos os seus filhos” - Lucas 7.35. Quem justifica a Deus é por Ele justificado e, quem justificar-se a si mesmo, será por Deus condenado.Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus” - Romanos 10.3. Todo aquele que vive neste mundo supondo que sua justiça será suficiente para salvar-se, diminui o valor do sacrifício de Cristo na cruz, despreza a oferta de Deus e, já está condenado.

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