A Confissão de Fé Escocesa - Capítulo 2
2º
CAPÍTULO
Da
Criação do Homem
Confessamos
e reconhecemos que nosso Deus criou o homem, isto é, nosso primeiro
pai, Adão, segundo sua própria imagem e semelhança, e lhe deu
sabedoria, domínio, justiça, livre arbítrio e consciência de si
mesmo, de modo que em toda a natureza do homem não se podia
encontrar nenhuma imperfeição.1 Dessa perfeição e dignidade
caíram o homem e a mulher; a mulher, enganada pela serpente e o
homem dando ouvido à voz da mulher, ambos conspirando contra a
soberana majestade de Deus, que, com palavras claras, os havia
previamente ameaçado de morte, se ousassem comer da árvore
proibida.2
1.
Gn 1:26-28; Cl 3:10; Ef 4:24.
2.
Gn 3:6; 2:17.
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Comentário:
O maior desastre da história da humanidade, a tragédia sem
precedentes, foi, sem sombra de dúvidas a queda. A decisão de Adão
e Eva de se tornarem independentes de Deus, desprezando seu
mandamento e sua aliança graciosa, traindo sua confiança e seu
amor, é a nota mais triste da nossa história.
Após
serem criados, Adão e Eva foram colocados no Paraíso do Éden para
dele desfrutar e gozar. Poderiam comer de todas as árvores do jardim
bem como aproveitar todas as delícias que ali haviam. Deus lhes
ordenou que cultivassem o jardim, que o guardassem e lhes advertiu
sobre uma única árvore da qual deveriam ficar longe – a árvore
do conhecimento do bem e do mal.
Não
vigiaram nem guardaram o jardim, não levaram a sério a mandamento
do Senhor e nem suas advertências de que no dia que comessem daquela
árvore, morreriam. Não se trata assim a quem se ama, ao contrário,
quando amamos alguém queremos agradar-lhe e satisfazer-lhe a
vontade. Não levando Deus a sério, pecaram contra a sua santidade,
contra a sua glória, contra a sua autoridade.
As
consequências da desobediência foram terríveis. Decaíram de seu
estado de perfeição para um estado miserável de pecado e
depravação. E sendo Adão nosso representante, seu pecado colocou
toda a humanidade debaixo da culpa e da dívida. Assim, cada homem
que nasce neste mundo, nasce debaixo da ira, da maldição e da
condenação. Extremamente trágico! Desesperador!
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