Confissão Belga - Artigo 17 - O Salvador Prometido por Deus
Cremos que nosso bom Deus, vendo que o homem havia se lançado assim na morte física e espiritual e se havia feito totalmente miserável, em Sua maravilhosa sabedoria e bondade, foi pessoalmente em busca do homem, quando este, tremendo, fugia de Sua presença. Deus consolou o homem com a promessa de lhe dar seu Filho, que nasceria de uma mulher (Gálatas 4:4 - Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei) a fim de esmagar a cabeça da serpente (Gênesis 3:15 - E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar) e torná-lo bem-aventurado.
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Comentário: Se após a queda Deus abandonasse o homem em seu pecado, fá-lo-ia justamente; o homem jamais voltaria para Sua comunhão e perder-se-ia na escuridão eterna. Mas Deus quis perdoá-lo, mesmo que para isto teria que entregar seu Filho Unigênito para que sofresse a pena em lugar do homem pecador; o Filho Eterno foi entregue pelo Pai, para que efetuasse a expiação salvadora. Deus buscou o homem, falou-lhe e lhe anunciou o Redentor e a redenção. Desde então todo homem que confia no Redentor que Deus constituiu volta para a Sua comunhão. Após a queda e a entrada do pecado na humanidade, duas gerações espirituais se formaram: uma é chamada de “descendência da mulher” à qual pertence o próprio Redentor e todos os seus redimidos, e a outra geração é chamada de “descendência da serpente” à qual pertencem os demais homens. A partir de Gênesis 3 duas linhas são traçadas através das Escrituras, mostrando o desenrolar da história dessas duas gerações diametralmente opostas, distintas e rivais. Os nomes para identificar essas gerações nas escrituras mudam; recebem os nomes de: luz e trevas; judeus e gentios; pios e ímpios; crentes e descrentes; fiéis e infiéis; santos e iníquos; bons e maus; filhos de Deus e filhos do diabo; benditos e malditos; etc. Ao nascerem neste mundo todos os homens são iguais, mas Deus tem os seus escolhidos que no devido tempo os chama e os atrai à Cristo, o Redentor. É tristemente notável na humanidade que desde o incidente no Jardim do Éden os filhos de Adão ajam exatamente como ele agiu: desobedecendo, desprezando as leis de Deus, fugindo da presença de Deus, escondendo-se atrás de alguma religião, justificando-se, empurrando a culpa para longe de si, tentando esconder sua nudez espiritual, fazendo-se de desentendidos. E a menos que Deus intervenha na vida de cada um, os homens fugirão de Deus até caírem na boca do dragão, que é a antiga serpente, e mergulharem nas trevas eternas. Todos os homens, mesmo os eleitos de Deus nascem no pecado; aos eleitos foi providenciada redenção, eles são redimidos e libertos da escravidão do pecado; ainda que enquanto estiverem na terra eventualmente cometam pecados, todavia o pecado não é mais senhor de suas vidas, nem mais é seu estilo de vida. Ao contrário eles resistem e combatem contra o pecado. Neste assunto o que difere o salvo do não-salvo é que este último é pelo pecado e contra Deus, enquanto que o salvo é por Deus contra o pecado.
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