A Confissão Rochelle - XL - A obediência devida às autoridades

 40. A obediência devida às autoridades

Nós afirmamos, portanto, que é preciso obedecer às suas leis e regulamentos, pagar os impostos, tributos e outros encargos e obedecê-las de boa e franca vontade – mesmo quando elas sejam infiéis – contanto que a soberania absoluta de Deus permaneça intocada.

Assim, nós reprovamos aqueles que queiram rejeitar as autoridades superiores, estabelecer a comunidade e confusão de bens e inverter a ordem da justiça.

Mt 17.24; At 4.17-19.

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Comentário: Quanto a sujeição e obediência as autoridades, a Palavra de Deus nos exorta claramente. Toda autoridade é instituída por Deus, e portanto, respeitamos as autoridades para honrar a Deus. Esse é o princípio do quinto mandamento - Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá” - Êxodo 20.12. O aprendizado começa em casa, honrando os pais, os mais velhos, especialmente os anciãos Diante das cãs te levantarás, e honrarás a face do velho, e terás temor do teu Deus. Eu sou o SENHOR” - Levítico 19.32. A única ressalva que deve ser feita, é que, se as autoridades delegadas forem contra as leis de Deus, então devemos seguir a lei maior. Obediência absoluta e irrestrita, devemos apenas a Deus; às autoridades delegadas, nossa obediência vai até onde tais autoridades não nos induzam ou obriguem a desobedecer a Deus; obedecemos a César até onde isso não nos impeça de obedecer perfeitamente a Jesus Cristo. Todavia, jamais devemos pronunciar injúrias contra as autoridades, nem agirmos com aberta rebeldia; a rebelião jamais se justifica. Ananias, Misael e Azarias agiram com submissão ao rei Nabucodonosor, todavia não o obedeceram, pois obedecê-lo seria desonrar a Deus –Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste” - Daniel 3.17-18. Os apóstolos agiram com o mesmo espírito, quando foram proibidos pelas autoridades de falar de Jesus Cristo. Seu argumento foi que deviam obediência absoluta a Deus, a obediência aquelas autoridades era relativa: E, chamando-os, disseram-lhes que absolutamente não falassem, nem ensinassem, no nome de Jesus. Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus” - Atos 4.18-19. Não agiram com rebeldia, apenas seguiram a autoridade maior que estava sobre eles; agiram com a consciência em paz: “ … E chamando os apóstolos, e tendo-os açoitado, mandaram que não falassem no nome de Jesus, e os deixaram ir. Retiraram-se pois da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus. E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo” - Atos 5.40-42.



Tradução do francês por: Paulo Athayde

Comentários por: Nelson Nincao

Setembro – 2020

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