A Confissão Rochelle - XXXVIII - A Necessidade dos Sacramentos

 38. A necessidade dos Sacramentos

Nós afirmamos que a água do Batismo, sendo um elemento comum, não deixa de nos testificar, com verdade, a purificação interior de nossa alma pelo sangue de Jesus Cristo, pela eficácia de seu Espírito, e que o pão e o vinho, que nos são dados na Ceia, nos servem verdadeiramente de alimento espiritual, porque eles nos mostram como sem nenhum artifício a carne de Jesus Cristo é nosso alimento e seu sangue nossa bebida.

Nós reprovamos, portanto, os espíritos quiméricos e os sacramentais que não querem receber estes símbolos e testemunhos, visto que Jesus Cristo declara: "Isto é meu corpo, e este cálice é o meu sangue".

Rm 6.3,4; 1 Co 6.11; Ef 5.26; Jo 6.51; 1 Co 11.24; Mt 26.26; 1 Co 11.24,25.

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Comentário: Como ocorre com todas as coisas que preciosas são, assim os sacramentos sofrem de todo tipo de abuso e corrupção; tem sido assim desde os primórdios da Igreja. Uns pendem para um lado, outros pendem para outro, em vez de ficar simplesmente com o que o Senhor Jesus disse. As superstições criadas por Satanás, juntas com a falta de compreensão do homem natural, com respeito aos mistérios de Deus, têm corrompido também os sacramentos. Por outro lado, alguns por medo de cair em superstições, acabam por menosprezar o valor dos sacramentos, como se fossem apenas uma lembrança ou memorial; estes, nem mesmo usam a palavra “sacramento”, mas dizem apenas “ordenanças”. Sim, obviamente que batismo e ceia são ordenanças, mas têm muito mais que isso. Assim como Deus via a marca do sangue nas portas das casas dos israelitas, naquela escura e fatídica noite para os egípcios, assim ele pode ver e, efetivamente ele vê, a marca da água sobre a nossa cabeça. Os sinais são para Deus ver, e Ele não tem dificuldade de ver. Basta que obedeçamos e creiamos que Ele vê aquilo que estamos fazendo com simplicidade, fé e obediência. Assim como, com a bênção de Deus, a carne do cordeiro alimentou as hostes de Deus, no Egito, e eles marcharam firmes e fortes ao deserto, também Deus nos alimenta com a Santa Ceia - Mas, a eles, os fez sair com prata e ouro, e entre as suas tribos não houve um só enfermo – Salmos 105.14. O maná abençoado, sustentou o povo de Israel por quarenta anos no deserto. Uma refeição, fortaleceu o profeta Elias, para caminhar quarenta dias pelo deserto. O pão, que o “peregrino” partiu, e deu aos dois discípulos em Emaus, lhes abriu os olhos, para reconhecerem o Senhor ressuscitado. O pão, molhado no vinho, que o Senhor administrou a Judas, o condenou a ser possuído por Satanás. O santo apóstolo disse, que quem comer da mesa do Senhor indignamente, sofrerá maldição e poderá morrer. Sim, numa refeição a nós administrada, pela mão do Senhor, haverá sempre mais do que podemos ver.

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