26. Do sepultamento dos fiéis e do cuidado que se deve ter com os mortos; do purgatório e da aparição de espíritos (III)

Purgatório. O que alguns ensinam a respeito do fogo do purgatório se opõe à fé cristã, a saber, “creio no perdão de pecados e na vida eterna”, e à perfeita purificação mediante Cristo, bem como a estas palavras de Cristo, nosso Senhor: “Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (João 5.24). E estas: “Quem já se banhou não necessita de lavar senão os pés; quanto ao mais está todo limpo” (João 13.10). 
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De fato, o falso ensino de um lugar chamado Purgatório, contraria o Credo Apostólico, que expressa os pontos cardeais da doutrina cristã. O purgatório não existe como um lugar físico onde o excesso de pecado é purgado. A Bíblia Sagrada nos ensina que o sangue de Jesus Cristo nos purga total e completamente de todo pecado, não deixando alguns para esse tal lugar chamado Purgatório. Podemos afirmar seguramente que o sangue do Cordeiro é purgatório ou purgador, pois nos lava completamente de todos os nossos pecados, do passado, do presente e do futuro. Há total e completa suficiência no sangue de Cristo, pois Ele fez uma única oferta, ofereceu-se a si mesmo como propiciação para os nossos pecados. Quem nele crê é lavado e purificado no Seu preciosíssimo sangue. O falso ensino do Purgatório baseia a salvação em obras. Ele afirma que cada um de nós deve praticar muitas boas obras durante toda a vida neste mundo. Após a morte cada qual comparece ao julgamento onde suas obras serão pesadas e avaliadas. Se elas não forem suficientes para pagar seus pecados então resta passar algum tempo no Purgatório e depois ser finalmente encaminhado para o céu. Esse falso ensino desonra grandemente o grande sacrifício do Cordeiro de Deus, como se a morte de Jesus na cruz do Calvário não fosse suficiente o bastante para nos purificar de todo pecado e injustiça. 

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