26. Do sepultamento dos fiéis e do cuidado que se deve ter com os mortos; do purgatório e da aparição de espíritos (II)

O cuidado pelos mortos. Por outro lado, não aprovamos aqueles que se preocupam excessiva e indevidamente com os mortos; que, à semelhança dos pagãos, lamentam os seus mortos (embora não censuremos o luto moderado, que o apóstolo permite em I Tes 4.13, julgando até desumano não entristecer-se alguém de modo nenhum); e que oferecem sacrifícios pelos mortos, murmuram certas orações, não sem paramento, com o fim de, por meio de tais cerimônias, libertar os entes queridos dos tormentos em que foram imersos pela morte, e pensam serem capazes assim de libertá-los por meio de tal magia. 
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Quanto ao luto pelos nossos mortos os cristãos não devem se desesperar como os pagãos que só têm suposições e incertezas sobre a vida após o túmulo. Poucas coisas na vida nos ferem mais do que a dor da perda e separação dos nossos entes queridos. Chorar na hora da separação é natural, contudo não devemos ficar tristes como se a perda fosse eterna, porque sabemos que mais dia ou menos dia nos veremos todos naquele lugar que Deus preparou para os seus filhos. Sabemos que a morte define a situação do homem. Se sair daqui reconciliado com Deus irá para o Paraíso eterno, mas se sair daqui sem a reconciliação, sendo inimigo de Deus, irá para o lugar do fogo e do tormento eterno. E nada pode ser feito pelos vivos para ajudar aqueles que já se foram deste mundo. É descansar na soberania e sabedoria do nosso Pai amoroso. A certeza de que no céu não faltará um só de todos os filhos de Deus deve nos trazer descanso e alegria.

Comentários

  1. Estou a tentar visitar todos os seguidores do Peregrino E Servo, e verifiquei que eu estava a seguir sem foto, por motivo de uma acção do google, tive de voltar a seguir, com outra foto. Aproveito para deixar um fraterno abraço.
    António Jesus Batalha.

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