"Segunda Confissão de Fé Helvética" 11. De Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, único Salvador do mundo (Parte V)



As seitas. Condenamos, portanto, todos os que negam a ressurreição real da carne (2ª Tim 2.18), ou que, com João de Jerusalém, contra quem escreveu São Jerônimo, não pensem corretamente acerca dos corpos glorificados. Condenamos também os que ensinam que os demônios e todos os ímpios serão um dia salvos, e que haverá um fim dos castigos. O Senhor declarou com clareza: “Onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga” (Mc 9.44). Condenamos, além disso, os sonhos judaicos de que haverá uma idade áurea na terra antes do Dia do Juízo, e que os piedosos, tendo subjugado todos os seus inimigos ímpios, entrarão na posse de todos os reinos do mundo. Pois a verdade evangélica em Mat, caps. 24 e 25, e Lucas, cap. 18, e o ensino apostólico em 2ª Tess, cap. 2, e 2ª Tim, caps. 3 e 4, apresentam coisa inteiramente diversa. 
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A Bíblia é tão rica de provas e testemunhas de ressurreição física e trasladação
que só mesmo um herege pode levantar a mínima suspeita sobre esse assunto.
Primeiro temos o relato do profeta Enoque que viveu neste mundo 365 anos e foi trasladado. Depois o rosto de Moisés resplandece com a glória de Deus, mostrando que esse corpo será um dia totalmente glorificado. Outro profeta a ser trasladado foi Elias e Eliseu o viu ser transportado fisicamente à glória pelos carros de fogo. Tanto Elias quanto Eliseu tiveram a experiência de ressuscitar mortos. O Senhor Jesus também ressuscitou mortos, dentre eles Lázaro, quatro dias após sua morte. Certo dia, orando num monte, com Pedro, Tiago e João, o Senhor transfigurou-se diante deles num corpo glorificado, quando também apareceram Moisés e Elias falando com Ele. O Senhor Jesus profetizou sobre sua ressurreição física; disse que ficaria três dias e três noites debaixo da terra e dali sairia (Mateus 12.40). Assim disse, assim aconteceu. E quando Ele saiu da sepultura à vista dos incrédulos guardas romanos, estes tiveram que testemunhar o que viram, confessar a verdade e depois negá-la sob suborno. Na hora da ressurreição do Senhor Jesus, entre os muitos sinais que aconteceram, ocorreu também que muitos crentes que estavam nas sepulturas ressuscitaram. Eles apareceram para os seus familiares e conhecidos e depois foram para glória eterna (Mateus 27.52-53).
Quanto ao castigo eterno não ser eterno, novamente é coisa de quem vive procurando encontrar contradições na Palavra de Deus, e esse, definitivamente, não é o espírito do adorador. A Bíblia é tão clara quanto necessita ser e só não compreende o que tem a mente nas trevas. Eterna salvação (Hebreus 5.9), eterna glória (1ª Pedro 5.10) etecetera, etecetera; trevas eternas (2ª Pedro 2.17), fogo eterno (Judas 1.7), assim por diante. Jesus falou do céu como um lugar definitivo e também do inferno. Não haverá fim para a punição do pecado porque sua ofensa é infinita, portanto não haverá redenção para os não-eleitos. Também não haverá aniquilamento dos réus porque isso poria um fim no inferno. Ao contrário, as escrituras afirmam continuamente que o fogo que o pecado acendeu no inferno jamais se apagará (Mateus 3.12; Marcos 9.43-48). Qualquer afirmação diferente disso é contrariá-las. A punição tanto dos anjos caídos quanto dos ímpios será eterna. Não haverá cessação e tampouco aniquilamento.

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