"Segunda Confissão de Fé Helvética" 11. De Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, único Salvador do mundo (Parte IV)
Comunicação de propriedades de linguagem. Aceitamos e aplicamos pia e
respeitosamente a comunicação de propriedades de linguagem derivada da
Escritura e usada por toda a antiguidade para explicar e reconciliar passagens
aparentemente contraditórias.
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Cristo verdadeiramente ressuscitou dos mortos. Cremos e ensinamos que o mesmo
Jesus Cristo nosso Senhor, em sua verdadeira carne na qual fora crucificado e
morrera, ressuscitou dos mortos, e que não foi outra carne que ressuscitou, mas
a que foi sepultada, nem foi o espírito que subiu ao alto em vez da carne, mas
ele reteve seu verdadeiro corpo. Portanto, ainda que os seus discípulos
pensassem ver o espírito do Senhor, ele lhes mostrou as mãos e os pés marcados
realmente com os sinais dos cravos e das feridas, e ajuntou: “Vede as minhas
mãos e os meus pés, que sou eu mesmo, apalpai-me e verificam, porque um
espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Luc 24-39).
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Cristo verdadeiramente subiu ao céu. Cremos que nosso Senhor Jesus Cristo, em sua própria carne, subiu
acima de todos os céus visíveis ao supremo céu, isto é, à habitação de Deus e
dos bem-aventurados, à destra de Deus o Pai. Embora isso signifique
participação igual em glória e majestade, considera-se, contudo, também como um
lugar definido, acerca do qual o Senhor, falando no Evangelho, diz: “Vou
preparar-vos lugar” (João 14.2). O apóstolo São Pedro também diz: “Ao qual é
necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as cousas”
(At 3.21). E do céu o mesmo Cristo retornará para o juízo, quando a impiedade
no mundo estiver no seu máximo e quando o Anticristo, tendo corrompido a
verdadeira religião, tiver envolvido todas as coisas com superstição e
impiedade, e tiver cruelmente assolado a Igreja com sangue e fogo (Dn, cap. 11).
Mas Cristo voltará para reclamar os seus, e pela sua vinda destruir o
Anticristo e julgar os vivos e os mortos (At 17.31). Os mortos ressuscitarão
(1ª Tes 4.14 ss), e os que naquele dia (que é desconhecido de todas as
criaturas - Mc 13.32) estiverem vivos serão transformados “num abrir e fechar
de olhos”, e todos os fiéis serão arrebatados ao encontro de Cristo nos ares,
para assim entrarem com ele nas benditas mansões e viverem para sempre (1ª Co
15.51 ss). Mas os incrédulos ou os ímpios descerão com os demônios para o
inferno a fim de arderem para sempre e nunca serem libertados dos tormentos
(Mat 25.46).
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A confissão fala
de aparentes contradições, porque de fato elas não existem nas sagradas
escrituras. A dificuldade está sempre conosco. Para a mente da criatura compreender
o Criador e Sua palavra é um grande desafio. Ele precisa revelar-se. Para a
mente de uma criatura caída fazê-lo é uma impossibilidade, a menos que o
Espírito Santo dissipe as trevas que a envolvem. Só podemos compreender algo do
nosso maravilhoso Deus quando Ele assim o deseja. A nós cabe nos humilhar
debaixo da Sua poderosa mão. Jesus morreu de fato e ressuscitou de fato. Com o
corpo que foi crucificado sobre o Monte Calvário e sepultado na sepultura de
José de Arimatéia, com o mesmo corpo Jesus saiu da sepultura e subiu ao céu.
Todos os fatos da redenção foram mais que comprovados. Muitas pessoas
testemunharam tanto seus sofrimentos e morte, quanto sua ressurreição e
ascensão. Desde sua ascensão, o Senhor Jesus permanece assentado à direita do
Pai, aguardando o momento acordado na eternidade para retornar à terra, para o
desfecho da história da humanidade – o juízo final. Naquele dia ocorrerá a grande
ressurreição geral de todos quantos se encontram no pó da terra, tanto pios
quanto ímpios. Após o grande julgamento do ímpios, condenação e execução da sua
sentença, juntamente com o diabo e seus anjos, todos esses irão para o lugar da
condenação eterna. Os justificados pelo sangue do Cordeiro serão apresentados
como pecadores redimidos, que também mereciam a punição eterna, mas foram
alforriados pelo bendito Remidor e serão confirmados por Sua herança e entrarão com Ele na glória para todo
o sempre.
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