Salmo 5


1 DÁ ouvidos às minhas palavras, ó SENHOR, atende à minha meditação.
2 Atende à voz do meu clamor, Rei meu e Deus meu, pois a ti orarei.
3 Pela manhã ouvirás a minha voz, ó SENHOR; pela manhã apresentarei a ti a minha oração, e vigiarei.
4 Porque tu não és um Deus que tenha prazer na iniquidade, nem contigo habitará o mal.
5 Os loucos não pararão à tua vista; odeias a todos os que praticam a maldade.
6 Destruirás aqueles que falam a mentira; o SENHOR aborrecerá o homem sanguinário e fraudulento.
7 Porém eu entrarei em tua casa pela grandeza da tua benignidade; e em teu temor me inclinarei para o teu santo templo.
8 SENHOR, guia-me na tua justiça, por causa dos meus inimigos; endireita diante de mim o teu caminho.
9 Porque não há retidão na boca deles; as suas entranhas são verdadeiras maldades, a sua garganta é um sepulcro aberto; lisonjeiam com a sua língua.
10 Declara-os culpados, ó Deus; caiam por seus próprios conselhos; lança-os fora por causa da multidão de suas transgressões, pois se rebelaram contra ti.
11 Porém alegrem-se todos os que confiam em ti; exultem eternamente, porquanto tu os defendes; e em ti se gloriem os que amam o teu nome.
12 Pois tu, SENHOR, abençoarás ao justo; circundá-lo-ás da tua benevolência como de um escudo.
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A oração não começa com palavras, mas com meditação. Começamos orar quando elevamos nossa alma a Deus, quando elevamos nosso pensamento ao trono da graça e preparamos nosso coração e ouvido espiritual para ouvir Deus. Como disse John Bunyan: “Ao orares, melhor é deixares teu coração sem palavras do que tuas palavras sem o coração”. A essência da oração não são as palavras, mas o que está no coração. A motivação da oração é mais importante do que as palavras e do que a própria resposta da oração. Quando a oração objetiva a glória de Deus, então qualquer que seja a resposta nos trará satisfação e gozo. O salmista diz que Deus odeia o pecado e os que praticam a maldade. Isto nos faz rever nossa avaliação do pecado. Se ao avaliarmos o pecado a partir dos conceitos deste mundo caído ele não nos parecer algo tão ruim ou maligno, olhemos com as lentes celestiais que as sagradas escrituras nos fornecem e teremos outra visão. Então compreenderemos como um Deus de amor e misericórdia pode tornar-se inimigo de suas próprias criaturas. A escritura diz que o pecado nos assedia, nos cerca, nos rodeia, habita em nossa carne. Isto é, nos seduz por dentro e por fora. Por isso também quando oramos devemos cuidar para que a motivação da nossa oração seja sempre a glória de Deus para não pecarmos até mesmo quando estivermos em no seu altar. 

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