O Catecismo de Heidelberg - Dia do Senhor 39
104. O que Deus exige no quinto mandamento?
Devo
prestar toda honra, amor e fidelidade a meu pai e a minha mãe e a todos os meus
superiores; devo submeter-me à sua boa instrução e disciplina com a devida
obediência, e também ter paciência com seus defeitos; porque Deus nos quer
governar pelas mãos deles.
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Deus
nos governa através das suas autoridades delegadas, as quais Ele
próprio estabeleceu, primeiro na família, depois na igreja e também
no governo civil. Feliz aquele que desde cedo aprendeu a reconhecer a
cadeia de autoridade estabelecida por Deus em cada lugar onde está.
Na família devemos honrar pai e mãe, na igreja os oficiais, na
escola os professores e funcionários, no trabalho aos superiores;
como cidadãos devemos honrar a
todos
quantos desenvolvem alguma função de autoridade. Quem aprendeu a
honrar as autoridades aprendeu a honrar uma ordenação de Deus
porque assim está escrito: “Toda
a alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há
autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram
ordenadas por Deus” (Romanos
13.1).
Somos ensinados também a orar por aqueles que estão em posição de
autoridade – “Admoesto-te,
pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações,
intercessões, e ações de graças, por todos os homens; Pelos reis,
e por todos os que estão em eminência” (1ª
Timóteo 2.1-2).
A Palavra de Deus também diz que devemos honrar aos
mais velhos – “Diante
das cãs te levantarás, e honrarás a face do ancião; e temerás o
teu Deus. Eu Sou
o Senhor”
(Levítico
19.32);
ouvir os conselhos dos pais, aprendendo com sua experiência, é
dever de todo filho sábio – “Filho
meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensinamento de
tua mãe... Ouvi, filhos, a instrução do pai, e estai atentos para
conhecerdes a prudência” (Provérbios
1.8; 4.1).
Mesmo que a autoridade que está sobre nós seja dura conosco ou
então tenha muitos defeitos difíceis de se
tolerar,
precisamos exercer paciência porque Deus está nos conformando a
Jesus Cristo. Afinal se todos fizessem as coisas exatamente como
gostamos como seríamos tratados? Precisamos ser contrariados,
confrontados, constrangidos pelas circunstâncias, tudo para que
Cristo seja formado em nós. Quanto mais rápido nos submetemos ao
governo da Providência mais rápido também saímos da zona de
desconforto – “Vós,
servos, sujeitai-vos com todo o temor aos senhores,
não somente aos bons e humanos, mas também aos maus. Porque é
coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com
Deus, sofra agravos, padecendo injustamente” (1ª
Pedro 2.18-19).
Por outro lado maldizer as autoridades delegadas é grande pecado,
porque não estamos falando da pessoa e sim contra a cadeia de
autoridade de Deus – “E
quem amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe, certamente será morto”
(Êxodo
21.17);
...
por que, pois, não tivestes temor de falar contra o meu servo,
contra Moisés? Assim a ira do Senhor
contra
eles se acendeu; e retirou-se... e eis que Miriã ficou leprosa como
a neve” (Números
12.8-10).
Finalmente somos ensinados a nos submeter uns aos outros porque o
crente deve ter um espírito submisso, isto afastará a rebeldia do
seu coração – “Sujeitando-vos
uns aos outros no temor de Deus” (Efésios
5.21).
Não
poderíamos deixar de observar ainda a importância de Deus colocar
entre os Dez das Tábuas Sagradas, esse mandamento que tem tudo a ver
com os filhos dos crentes, isto é com as crianças da Congregação.
Porque como já dissemos, o aprendizado sobre autoridade começa em
casa, na família. Por isso que o mandamento não começa dizendo que
devemos honrar a todas as autoridades e sim que devemos honrar pai e
mãe. Realmente ele é dirigido aos pequenos filhos da Aliança, os
quais pertencem a Congregação.
E isto confirma o apóstolo Paulo quando cita o quinto mandamento em
Efésios 6 - “VÓS,
filhos, sede obedientes a vossos pais no SENHOR, porque isto é
justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com
promessa; Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra”
(Efésios
6.1-3).
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