Confissão Belga - Artigo 10 - Jesus Cristo é Deus - Adendo
Comentário:
Além de todas as coisas que Jesus fez e falou que indicam e
comprovam sua divindade, e o testemunho dos apóstolos que conviveram
com Ele, podemos acrescentar, a maneira como o Verbo Eterno invadiu o
tempo. Jesus Cristo de Nazaré foi o único homem que nasceu de uma
mulher virgem. Um anjo disse a jovem Maria que ela conceberia do
Espírito Santo: “Descerá
sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com
a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será
chamado Filho de Deus” - (Lucas
1.35).
E assim foi, quando Maria de Nazaré se deu conta já estava grávida.
Dessa concepção sobrenatural nasceu o Verbo que se fez carne, o
próprio Criador vestido de criatura - Emanuel, Jesus Cristo. Também
quando Jesus foi suspenso na cruz no monte Calvário, a criação
manifestou-se de forma impressionante. Primeiro a terra escureceu-se
- “E
desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra, até à hora
nona” - (Mateus
27.45),
como
que representando as trevas espirituais da humanidade que cometia a
maior injustiça, o maior equívoco, engano e traição de toda a
história do tempo. Era como se o sol se escondesse protegendo Aquele
que havia sido exposto à maior vergonha: martirizado nu sobre um
horrível instrumento de suplício, pois os homens não se
contentaram apenas em matar Jesus, senão que também o humilharam e
lhe imprimiram terríveis torturas. O escritor sagrado diz também
que “o
véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo” - (v.
51),
confirmando:
1) que aquele seria o último sacrifício realizado pelos pecados,
pois Jesus era o Cordeiro prometido e o próprio Deus o entrega
e ele se ofereceu
a
si próprio como
sacrifício; 2) que Deus se mudaria daquele templo para habitar um
novo templo - a Igreja; 3) que a era mosaica-judaica havia se
encerrado
e iniciava-se uma nova era numa nova manifestação da Aliança
eterna; 4) que iniciava-se a era do sacerdócio universal dos filhos
de Deus, encerrando a antiga era do sacerdócio levítico; 5) que
Cristo abriu um novo caminho para chegarmos a presença de Deus; 6)
que a aliança do Sinai era passada dando lugar a aliança de Sião;
7) que o tempo da Jerusalém terrena havia passado dando lugar à
Jerusalém celestial; 8) que agora o povo de Deus não entraria mais
num tabernáculo terreno, que era uma figura do verdadeiro, mas que
entrava no verdadeiro tabernáculo, o celestial, onde Jesus entrou
primeiro; 9) que o antigo concerto do Cristo velado havia passado
dando lugar ao novo do Cristo revelado; 10) que a era dos tipos, das
sombras e figuras dava lugar à era da realidade. O evangelista
continuou narrando: “tremeu
a terra, e fenderam-se as pedras” - (v.
51)
-
não
apenas o sol ocultou-se mas também a terra tremeu, tão
violentamente que até as rochas foram partidas ao meio, como que
desejando lançar fora aqueles que cometiam tamanha maldade, e
revelando que Aquele que estava sendo sacrificado não era um homem
comum, mas era alguém soberano e todo-poderoso. A última parte da
narrativa revela algo ainda mais maravilhoso: “E
abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram
ressuscitados; E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição
dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos” - (v.
52, 53).
Jesus afirmara ser a ressurreição e a vida, agora dava prova de seu
divino poder de dar vida a quem quer. Misteriosamente muitos santos
saíram de suas catacumbas e foram visitar seus familiares e depois
subiram com Jesus ao céu. Sim, tais fatos comprovam ainda mais que
Jesus Cristo é Deus.
Comentários
Postar um comentário