Soli Deo Gloria

Filhos dos homens, até quando convertereis a minha glória em infâmia? - Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei - Salmo 4.2; Isaías 42.8.
Glória só a Deus e a ninguém mais. Deus jamais divide sua glória com outrem. Ele não divide a glória da criação, nem da redenção, nem da manutenção e do governo daquilo que criou.  Toda vez que a Igreja desviou-se da centralidade em Deus, descaracterizou-se, perdeu sua verdadeira identidade e influência no mundo. Ao longo da história várias gerações da Igreja viveram num antropocentrismo. Desviaram o foco de Deus para o homem e seus interesses. A Igreja institucionalizada passou a ser usada em benefício do homem carnal. Deus foi roubado da sua glória e o homem foi exaltado como um deus. Na época da Grande Reforma a Igreja estava assim. A Bíblia e seus absolutos, Deus, Cristo, tudo isto significava muito pouco para eles; a verdade, as almas perdidas, a glória de Deus, tudo isso era irrelevante. Nesse contexto os reformadores protestaram dizendo: Soli Deo Gloria. Hoje a situação da Igreja não é diferente. A história se repete. Os cultos que vemos hoje revelam que Deus não é mais o centro, e não sendo Ele o único objeto do culto, esse culto não é para Deus, e sim uma falsa adoração. A vida do cristão deve ser totalmente para a glória de Deus - fazei tudo para glória de Deus - 1ª Coríntios 10.31. Deus só será o centro do nosso culto quando for o centro da nossa vida. Quando Deus não está no centro do culto, tal serviço perde sua essência, seu objetivo, e sua razão. Muitas reuniões são feitas em nome de Deus, mas sem a Sua presença, porque o objetivo desses encontros é o favorecimento dos interesses humanos. Geralmente tais atividades visam promover o bem estar dos participantes e atender suas necessidades. São shows de entretenimento e ministrações que visam despertar o interesse dos não salvos. O evangelho é apresentado como um livro de autoajuda, técnicas espirituais para uma vida bem sucedida, bons ensinos morais, e só. O não crente nunca é confrontado com seu pecado diante da ira de Deus, pois esse assunto é por demais impopular. Então os ministros desse evangelho popular preferem fazer estudos e pregações do tipo: “Cinco passos para restaurar seu casamento”, “Como ser bem sucedido no Amor”, “Poder para uma vida feliz”, “Como obter a cura de Cristo”, “Convide Deus para ser sócio do seu negócio”, “Sonhe e obterás”. O que você quer? O que você deseja? Determine, decrete, reivindique. Tudo centrado no homem. Mas o antigo e verdadeiro evangelho diz o que Deus quer de nós. A primeira coisa que Paulo falou quando Jesus Cristo lhe apareceu na estrada de Damasco foi: Quem és, Senhor? E quando Jesus se lhe apresentou ele perguntou: Senhor, que queres que eu faça? - Atos 9.5,6. Não é o que você quer, mas o que o Senhor quer de você. A pregação dos falsos mestres rouba a glória de Deus, tornando-se uma negação de Deus. Lisonjear e bajular o homem em detrimento da verdade de Deus é um grande pecado contra Deus e um crime contra o próprio homem, que precisa dessa verdade para ser liberto da escravidão do pecado. O apóstolo Paulo foi claro e contundente quando disse: Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo...  assim falamos, não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações - Gálatas 1.10; 1ª Tessalonicenses 2.4. Glória somente a Deus pois ela lhe pertence, dele  é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém - Mateus 6.13.

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