O Bem do Sofrimento

Vivemos num mundo caído onde todos sofrem. Uns mais outros menos, uns de uma forma outros de outra, mas a realidade é que todos quanto vivem neste mundo experimentam algum tipo de sofrimento. Ninguém passa por esta vida sem sofrer as consequências da queda no Éden. Foi ali que tudo começou. Deus havia dito a Adão que poderia comer de todas as árvores do Jardim menos de uma. E não é que o homem resolveu comer exatamente daquela que Deus lhe havia dito que não comesse! Bem aí Deus lhe disse que a partir de então ele deveria cultivar a terra, e ela lhe produziria não somente os frutos mas também espinhos e cardos. Traduzindo, ele teria o fruto da terra, mas não somente ele. A terra também produziria espinhos, ervas amargas, ervas tóxicas, pragas. O homem iria suar, cansar-se, envelhecer, adoecer, morrer e voltar à terra de onde havia sido tirado. Muitos não creem no que a Bíblia diz sobre a criação e a queda. Mas o fato é que assim tem sido desde a queda. Todos sofremos como resultado da queda de Adão.
No entanto, com o sofrimento, Deus impôs limites e restrições sobre o homem, para impedir que ele próprio se auto destruísse. Todo homem se cansa, envelhece, adoece e morre. Assim o mal é freado por Deus, para que não haja um caos completo na humanidade. Ainda com o sofrimento Deus dá uma chance ao homem para pensar no seu erro e lembrar-se de Deus que está pronto para salvá-lo, perdoá-lo e reconciliá-lo. A hora que o homem mais pensa em Deus é na hora da dor, da perda, do sofrimento.
Todos sofrem porque somos solidários uns aos outros. Uma decisão do rei e todos os súditos estarão em guerra. Uma catástrofe natural que ocorre numa cidade e todos sofrem igualmente. Todavia, embora todos sofram, Deus tem propósitos diferentes no sofrimento dos seus filhos e dos infiéis. Na vida dos seus filhos o sofrimento funciona como correção e disciplina, enquanto que na vida dos ímpios e infiéis o sofrimento age como castigo e juízo. E tanto quanto os propósitos de Deus são diferentes, também as reações dos filhos de Deus em meio ao sofrimento são diferentes das reações dos ímpios. Os filhos de Deus são quebrantados, tais qual Jó, enquanto que os rebeldes são endurecidos, tais qual Faraó. Os filhos de Deus se submetem e adoram a Deus, os malignos murmuram, reclamam e amaldiçoam. Na vida do pio o sofrimento é para salvação, na vida do ímpio para a perdição. De modo que mais importante que o sofrimento é a nossa reação. Alguém já ilustrou isso com muita propriedade dizendo que o mesmo sol que amolece e derrete a cera também endurece a argila. Feliz aquele que é cera, ai dos que são argila. Aprendamos com o sofrimento. Ele é bom e faz bem para a alma. Deus sabe o que faz. 

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